ARTE, METAFÍSICA E MITOLOGIA

Não abrem Telejornais. Não têm soluções para o défice público. Não participam em OPA`s. Não sabem como aumentar os níveis de produtividade do País. E ainda bem.
Passei dois dias e meio na companhia de duas dezenas de filósofos portugueses e alemães e que bem que me soube ouvir aqueles incansáveis “operários” do espírito a discutir “excentricidades” e “anacronismos” como o ser e o nada, a criação artística e o absoluto. Com “A” grande ou pequeno, tanto faz, pois será sempre maior do que os absolutos de mediocridade e do papagueado pueril dos capitães do progesso e da “produtividade”. Prefiro a sua política franca dos intricados da mente. A sua gestão dos indíces micro e macro doe enevoados da psique. A sua economia ambiciosa e expansiva nos enlevos da alma. E o seu ministério de negócios estrangeiros que senta à mesa pessoas e não números e coordenadas de mapas geoestratégicos. Por mim, dispenso os debates do estado da nação das Fátimas Campos Ferreira e dos Marcelos Rebelos de Sousa deste mundo. Eu cá fico bem com todas as artes, mitologias e metafísicas do além-mundo.